quarta-feira, 4 de março de 2009

Um mergulho filosófico no mundo antigo


Sócrates em dialética com seus discípulos e com seus rivais


A Grécia dos séculos V e VI a.C. - especialmente esses dois séculos da era pagã - faz nascer o mundo ocidental tal como herdamos ainda hoje. A filosofia, a política, o esporte, a mitologia, o teatro, a guerra, o amor dos amigos e dos rivais, o espaço público da expressão livre e da democracia compõem um cenário do pensamento e das ações humanas onde a vontade de saber, de conhecer os mistérios da natureza e dos homens, vêm configurar um modo de vida focado na razão e nas virtudes da alma. Anos mais tarde, o primado da razão no Ocidente será tanto exaltado quanto severamente criticado em vários aspectos da Modernidade.
Sócrates, e sua drástica e heróica morte em nome da verdade, marca a história da filosofia e de um modo de vida onde a razão e o desatino, as sombras e a luz, a verdade e a ilusão, a ciência e a opinião, lutam incessantemente por entre homens ainda maravilhados com o fenômeno da vida. E isso num mundo tanto de maravilhamento como de luta. Um mundo para quem lutar é viver.
O Mito da Caverna de Platão traz, de modo alegórico, essa luta de dois mundos; uma luta de homens dispostos por encontrar um lugar na sua sociedade e na história, tal como Sócrates o fez.
O Mito da Caverna é, para nós alunos e professora de filosofia do CEDLAN, o início de uma longa e infindável história do pensamento no Ocidente. Uma história que tem início na Grécia - nas mãos de Sócrates e seus interlocutores (com a questão humana como foco) -, mas que escapa do domínio primordial dos nossos "pais" gregos para alcançar o complexo e infinito universo do 'humano' em todos os cantos da Terra.
Os primeiros anos seguirão o Mito da Caverna pelas origens: mito e razão; o nascimento da filosofia e o desígnios de um mundo fundador chamado Grécia.
Os segundos anos firmarão no maior legado dos gregos: a Razão e questão do conhecimento até a Modernidade Filosófica com René Descartes e os iluministas.
Por fim, os terceiros anos assistirão as muitas crises de um séculos de colapso: o século XX. Aqui, a crise da razão - sua principal mentora - aparecerá, de modo mais claro, nas idéias revolucionárias de Nietzsche, Schopenhauer, Sartre, Heidegger e Freud.
E então, vamos ao diálogo?

3 comentários:

  1. Gostei muito da forma como vc passa o recado para os seus alunos. Deve ser por isso que prestam tanta atenção e gostam da sua aula.
    Parabéns! ProfºRenato.

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  2. Parabéns Gabriela! A forma como você apresenta seu blog está excelente! Gostei muito de ler!Estou cada vez mais encantada com o trabalho, de todos os colegas, apresentado nos blogs.A Filosofia nos faz pensar, questionar, discutir e isto é ótimo! Por isso seu blog é super importante para nos dar a oportunidade de conhecer mais sobre ela. Abraços, Isabel.

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  3. Gabriela, parabéns pelo seu trabalho, é um prazer perceber como se integrou com os projetos do Cedlan.

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